Acordo e olho para ela ainda no sono, e sem que ela sinta ou veja, descrevo-a-mim.
É uma deusa grega que se agregou à minha alcova, e agora só ela que não sabe é a eleita.
Não vejo nela minha posse, porque se posso um dia perde-la, perco-me em minhas esquinas.
Ela tem nome, mas possui adjetivos saborosos: mel, pedaço de céu, melhor vinho em meu tonel, alegria constante, louro deste amante, ouro amealhado numa mina chamada vida, agora sem dívidas.
O prazer que horas ela me deu não é encontrado n’outra.
O playground que é o seu corpo é o quintal do menino contido em mim.
Ela não gargalha; sinfonia nos meus tímpanos.
Os seus sorrisos são meus eternos e procurados sims.
O seu andar é um arauto que anuncia em balanços as doçuras encontradas em poucas.
Mas.....
Aí eu acordo e vejo que não via.
O outro lado vazio é o reflexo do centro de minhas emoções.
O sonho perfeito lança-me agora ao pesadelo da realidade, maldade que pratiquei contra mim mesmo.
A mulher perfeita que nasceu ruída causa agora ruídos mudos em surdos silêncios em minha Patmos.
Perfeito engano.
Francisco Veloso
6 comentários:
uauuuu lindo!!!!!
tudo aqui é belissimo amei seu blog
Veloso parabéns pelo seu blog, um espaço muito aconchegante para uma boa leitura.
Um abraço
Parabens seu blog esta muito bom!
Abçs
Passando rapidinho só pra conhecer, vou voltar com mais calma e várias vezes, achei tudo lindo, parece que tem um toque da Isolda.
Adorei tudo que vi, parabens seu espaço ta lindo!
muito bom o blog, gostei.
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