quinta-feira, 4 de novembro de 2010

SOL


Você é a melhor de todas, a luz que iluminou de vez meus caminhos, encerrou meus ninhos, enchendo-me de carinhos.
Você é a última, que deveria ter sido a primeira, esteira de minha vida, meu sossego de há muito.
Você é espetacular no que faz, no que fez tirando-me da vida o carrapicho “talvez”.
Você é o meu sol, minha fonte de energia, alegria, minha mais doce irresponsabilidade

Francisco Veloso

ABRAÇO


Preciso de ombros, de braços, de descansos mansos sem cobranças de quem me descansa.
Preciso de um abraço, um laço forte que me solte da espera.
Quero um abraço, dividir meu paço a passos largos, em meus largos sem quantas.

Francisco Veloso




ALMA EM REPAROS

Ela foi quase destroçada quando você se foi como não chegou.
Sua chegada foi anunciada com bombons, olhares cristalinos e suspiros cercados de meus admiros.
Sua estada por bom tempo foi de fada, amada, alegre e orgasmos múltiplos em todos átrios de nossa vida a dois.
Que nossa ?
Eu como trem bala, carente, rente aos trilhos do amor parti para nossos planos com um raio, doce bala, pensando naquela hora o amor me embalava.
Mas você caiu em si e caiu fora de nossos planos, com desculpas covardes provocando principalmente em você e em quem está ao seu lado, um inferno afegão.
Eu,... eu fiquei com a alma amassada, sem saber a quem recorrer, para quem correr sem seguro para batidas de almas.
Quem é o lanterneiro delas ?
Aí o matraquear das teclas de meu comportado se decifram: cada batida num poema, é um desamasso que faço em minh’alma.
Mas como dói.
Mas que doa também em você que sendo adulta brincou de criança com um homem que igual não achastes e não acharás jamais.
A conta dos reparos você a terá e provavelmente não serei o mensageiro, mas uma situação cuja atuação você identificará como o aroma de sua fuga, e chorarás.

Francisco Veloso

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

DIA DOS MORTOS


Sou de uma geração em que neste dia as emissoras de rádio tocavam música clássica em respeito. Os cemitérios eram visitados e havia uma comoção. Os evangélicos aproveitavam e faziam “culto ao ar-livre”. Mas hoje, tal dia virou apenas mais um feriado e no caso de amanhã, um feriadão. Soube que teve gente que visitou seu morto ainda na quinta, porque na sexta ia viajar para a praia. No México é uma data bem antiga ( milenar)  mas lá “os mortos vêm visitar os vivos” e por isto fazem festa com música, doces, etc.... para os vivos! As crianças adoram as caveirinhas de açúcar!
Francisco Veloso